Apesar da bonança económica na região, a Ásia destina muito poucos recursos a programas de apoio aos mais carenciados e vulneráveis, conclui o estudo do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) com o título “Social Protection Index: Assessing the results in Asia and the Pacific”.
Seguros de saúde e programas de transferências condicionais de subsídios (conditional cash transfers – CCT). Isto apesar dos programas piloto de CCT financiados pelo BAD e atualmente em implementação nas Filipinas, na Indonésia e, em breve, também na Índia e no Paquistão, que replicam o sucesso do Bolsa Familia brasileiro ou o Oportunidades mexicano.
A falta deste tipo de investimento é particularmente marcada nos países do Sudeste asiático. Com um rendimento médio per capita de 6.678 dólares, a região apenas destina 2,6% do PIB a proteção social, num intervalo compreendido entre os 3,7% da Malásia e os 1,2% da Indonésia.
Muito aquém dos 5,4% observados na China ou na Mongólia, perto de 10%, mas acima dos 2% observados em media na denominada Ásia do Sul (que compreende Índia, Maldivas e Nepal).
Isto compara com os níveis observados em países mais desenvolvidos da região, como o Japão (19,2%) ou mesmo a Coreia do Sul (8%).